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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Christina Rocha revela desejo de ser imitada por drag queens

Christina Rocha fala sobre sua relação com a comunidade gay em entrevista especial à JUNIOR.

A jornalista e apresentadora Christina Rocha está no alto de seus 55 anos com um corpinho de vinte e poucos e cabeça de menina feliz que sonha com um mundo melhor – sem a discriminação que a incomoda tanto. Há três anos à frente do “Casos de Família”, no SBT, ela se tornou uma mania nas redes sociais ao ver os temas de seu programa serem satirizados na web – principalmente com relação à comunidade gay como “Meu filho não tem conta em banco, mas dizem que ele passa cheque”.

Em entrevista à JUNIOR dentro da sala de produção do programa, Christina confessa que usa mais o Twitter, mas revela que mesmo assim adora e até compartilha no Facebook a brincadeira com seu programa. “Quando surgiu eu não entendi nada. Um amigo meu me mandou e eu não entendi minha foto ali.”

Sempre com um sorriso sincero bem largo e uma cabeça aberta e antenada no que acontece no aqui e agora, Christina diz que sua atração vai continuar levando casos de homossexuais à televisão sem papas na língua, sem moralismos. Uma liberdade que a emissora carrega em seu DNA desde o começo, com Silvio Santos dando espaço para os shows de transformistas. Os frutos do respeito dele estão na entrevista abaixo.

Hoje em dia em um programa que chama “Casos de Família” tem como falar de família sem considerar o homossexual dentro dela?

Não. Gente, é assim: eu costumo dizer que o “Casos de Família” não é um programa que acaba, porque, primeiro, são problemas do dia a dia, são casos reais. Tem um caso aqui do comecinho do programa que tinha um menino que era gay e não dizia para a avó, não tinha coragem. E através do programa ele conseguiu, foi tão lindo. Ele falou para a avó que era gay. Então aqui as pessoas se sentem com coragem de falar, e muitas pessoas que estão em casa, que acham que só elas têm um filho que é gay, elas pensam “poxa, eu não estou sozinha”. Então isso é bom, não só no caso de gays, mas problemas em geral. Às vezes a pessoa acha que é só com ela, entende? O que eu costumo dizer é que a gente não vai resolver o caso ali, na hora. Mas pelo menos a gente passa para as pessoas de casa o que é certo fazer, o que se deveria fazer. E muitos já me pararam na rua e já falaram que viram o programa e disseram que eu ajudei. Nunca tive um retorno tão bom. Sem puxar saco de ninguém, sem demagogia. E em todas as classes sociais, isso que é o mais interessante. Independentemente de branco, negro, de credo.

Os avanços nos direitos civis de homossexuais fazem com que o programa tenha mais condições de tratar o LGBT de uma maneira melhor?

Claro, hoje mesmo eu comentei isso no programa que a gente gravou, que era sobre adoção. A gente trouxe uma psicóloga exatamente que lida com isso e eu perguntei justamente sobre a adoção por homoafetivos. Ela disse que isso já está acontecendo muito e que não tem problema nenhum nisso. Que o Brasil está melhorando nesse sentido, inclusive com a própria adoção, que pode ser feita por gays. Agora com união estável fica também muito melhor, acho bem legal isso.

A entrevista completa com a apresentadora é um dos destaques da JUNIOR #41, que chega às bancas de São Paulo e Rio nesta quinta-feira, dia 5 de julho, e nos demais Estados a partir do dia 6.


Fonte: Site Revista Junior

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